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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012



Aproxima-se a mudança de estação e as minhas mudanças interiores, tomam igualmente conta de mim. Nem sempre da melhor forma.
Agravante:
Viagem a Portugal para uma reunião anual da empresa e desta vez vamos de carro, que há que conter despesas.
Para ajudar, em Santa Co** do Assobio,  que se ainda se fosse em Lisboa, fugia depois do jantar. Oh se fugia!!
Não garanto voltar com a minha sanidade mental intacta. Será um tipo de tortura que nem vos digo nem vos conto.

Esta gente metida num carro, tem (muitas) desvantagens.
- São 500 Kms
- Gritam que se desunham
- Conduzem péssimamente
E pensam que vão de passeio, com uma excitação extrema que se me dá nos nervos.

Penso estar caladita e voltar com muitas pérolas na mala.
Rezem por mim, pode ser?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Quem és tu?




Do fundo do meu ser
exala o teu odor,
como a terra molhada nos dias de chuva.
A tua ausência, está presente
nos ecos da memória
e  procuro-te em cada pétala de flor
em cada vôo dos pássaros
em cada onda do mar
em cada nascer do sol.
Adormeço a sussurrar o teu nome
e acordo com o teu chamado.
Tenho medo que o tempo te apague
E piso a vida... à espera.
Sei que estás onde não sei...
Envergonho-me, porque não sei quem és!

(Escrito em 24-08-2010)

Já sinto a vida no ar


Pois é chegaram os melros,  já cantam anunciando a Primavera e outras coisas que eu invento. Enternecem-me.
Depois disto só as andorinhas.




 Esta menina faz ninho em frente de minha casa e visita-nos  muito.




 

Não posso perder.





quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Era só o que me faltava





Que me pusessem a fazer pré selecção de CVs.
Estou que nem posso, entre dor de estômago e vontade de fugir.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Dias daqueles...





Acordei parva. Nostálgica. Com vontade de chorar a adivinhar chuva, ou melhor, as dores dos outros.
-Mas que merda, porque raio estou assim?

Cheguei ao trabalho e o meu chefe acabado de regressar de viagem, confidencía que lhe voltou a aparecer um indício do linfoma que teve há uns anos. Que tem de fazer novas biópsias.
Como gentilmente me ofereceu uma garrafinha cheia de conchinhas (que adoro) foi muito conveniente para deixar cair uma lágrima de... emoção, justifiquei eu - é que amo o mar e tenho saudades. Obrigada, acertaste em cheio.

Não gosto nada de ser assim. Mas sou.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Quando eu for grande, quero ser assim



À DESCOBERTA DO AMOR

Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive à sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.

Mahatma Gandi

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Como um carimbo na alma



Tenho colegas com filhos pequenos. Uma delas tem uma menina com paralisia cerebral, que nasceu bem ainda que prematura e que, por negligência, sofreu um enfarte cerebral. Tiram-lhe a respiração artificial antes de tempo. Nunca vi ninguém com tantos tomates para encarar um problema assim. A miúda tem muitas limitações, não fala, não anda, enfim, mas esta mãe  faz tudo com ela: desde andar em carrosséis, esquiar, o que possam imaginar. Pelo menos por enquanto, que tem 7 anos. Embora tenha outro menino mais novo, não faz distinções entre os dois, se um vai e pode, a outra tem o mesmo direito. E tem a plena consciência de que não será sempre assim, que o menino seguirá a vida dele, independente da irmã.
É portanto uma situação especial, que entendo e com a qual me enterneço.

Por outro lado, deprime-me que os temas de conversa de mulheres recém parideiras, sejam exclusivamente acerca das respectivas criancinhas, como se tivessem perdido a identidade, a sério...kanervos. E este pessoal ainda por cima, tem filhos em barda.

Há uns dias que ando a pensar numa mulher que esteve comigo na mesma enfermaria com 9 camas, quando a minha filha nasceu, na MAC. Há quase 19 anos. Marcou-me para sempre. Chegámos mais ou menos à mesma hora às urgências. Era Maio. Ela de raça negra (19 anos, soube depois) levava vestida uma camisa de dormir e um casaco comprido preto por cima. Chegou sózinha, pelo próprio pé.
Depois, ficámos juntas,(acho que não foi coincidência) ela também com uma menina, linda de morrer.

No meio das dores, da confusão de sentimentos e do deslumbramento pela minha "coelha", apercebí-me que a única visita que vinha para ela era uma assistente social. Que a camisa de dormir era a mesma. Não tinha cuecas.
Quando chegou a minha mala, peguei numas quantas coisas para ela e para a menina, (que me sobravam, exageros de marinheiro de primeira viagem) e fui ter com ela à cama. Confesso que ía aflita, não queria que ela me interpretasse mal, não era pena, apenas solidariedade.

Fiquei pior ainda, quando ela negou tudo com uma convicção espantosa. Com um orgulho cheio de dignidade.
Perguntei se podia ver a menina, dei-lhe um beijinho na testa e voltei ao meu canto desfeita em lágrimas.

Saíu do hospital com a mesma camisa de dormir e o mesmo casaco preto.
Mas com a riqueza nos braços e na alma.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Dentista




 
Pois sim, sou uma cagarolas do caraças e tenho pavor do dentista. Pronto já disse. Sinto-me envergonhada, confesso, quando penso que há coisas muito piores, pessoas a debaterem-se com problemas graves, mas sou assim.
Aquela sala de estar, por muitas revistas que tenha, tem também aquele cheiro (náuseas) e aqueles ruídos longínquos (medo) e aquelas pessoas idiotas que conversam imenso e não me deixam concentar enquanto vou dizendo a mim mesma que me controle.
Depois a médica, a Ana, que até é simpática, quando põe a máscara e se aproxima de mim com aquelas agulhas e afins nas mãos, passa imediatamente a um perfeita desconhecida, com ares de assassina em série e nem adianta falar comigo, porque deixo de ouvir. Encolho. Vou para outra dimensão. Os barulhos passam a ser dentro da  minha cabeça, e chego a pensar se não sou eu mesma um motor de avião descontrolado. Já para não falar de como deixo a cadeira e a roupa. Ensopadinhas em suor, com se tivesse saído do banho.
Ora bem, lá vim eu com antibiótico (tenho um abcesso) e a promesa de que aqui a 4 dias lá estarei de novo, para mais torturas.
Mas não vou faltar, nunca falto, nem faço birras. Só choro às vezes quando saio, com os nervos. Cigarro de um lado da boca e baba do outro, já que não sinto nada com a anestesia.
- Agora não fumes tá bem?
- Tá bem (abelha!!)

Tenho mesmo de pensar em assaltar um banco, ou assim, para conseguir 30.000€ (mais coisa, menos coisa) e fazer uma boca novinha em folha. (Mas dêem-me uma marretada para estar a dormir, ok?) Ou então inscrever-me no Dr.nãoseidasquantas cá do sítio.
Um Manolo qualquer.


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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pablo Neruda

Ausência (Dia de S. Valentim)



Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.


Vinícius de Moraes

The show must go on (uma da tuas preferidas)

 
(1982)


Muitas são as vezes que fujo de mim. Por me fazer mal, com os meus medos, angústias, saudades. E fujo para longe, mantendo-me por lá o mais que posso. Hoje, fui à minha procura e ainda não percebi se foi intencionalmente.
Desci à cave à procura de uma foto. Sabia que me esperava chafurdar no passado, passear pela memória. Passei por vários caminhos. Desde bilhetes da minha filha quando era pequenina, desenhos, pagelas de santos, carteiras e agendas de anos anteriores, óculos antigos, (para que raio guardo eu óculos velhos?) slides, a certidão de casamento, o bilhete que me deixou o ex quando saiu de casa, Sim um bilhete, faltou-lhe a imaginação para mais. E este faço questão de guardar, para nunca me esquecer de que mereço mais. Muito mais.
Passei pelo meu pai, encontrei a carteira dele (com 7 fotos minhas de passe em diferentes idades), tropecei em apontamentos vários.
E cheguei até ti. Curioso, passaram 17 anos desde que te foste, pensei ter a dor apaziguada, as lágrimas secas e as memórias esbatidas. Bastou encontrar os teus poemas, uns com a tua letra, outros passados a limpo por mim, para ficar com este nó no estômago, esta impotência de te rever.
Senti o teu cheiro, ouvi as tuas gargalhadas, limpei as tuas lágrimas. Fui contigo à praia, ao cinema, comer um gelado e dançar. Vagueámos pelas ruas de Lisboa. Rí-me como só me ria na tua companhia.
Não sei quanto tempo fiquei assim, nesse torpor. Acho que ainda não voltei de lá.

Este poema é teu:

Ninguém se lembra dos mortos

"Ninguém de lembra dos mortos
 Só a terra fria lhes dá ternura
 As efemérides são falsas
 Apenas dão força aos vivos
 Que continuam caminhando
 com a sua usura

 Costumeira...
 Domingueira...

 Não morres para recordação
 Morres para esquecimento
 Pois a dor que se sente
 Ao tocar a tua mão fria
 Apenas dura um momento
 O resto á hipocrisia
 A morte é vazio

 No entanto, eu sei que tu sentes
 Atracção pelo suspiro final
 Por esse último espasmo banal
 em que pela primeira vez te mentes

 Eu mesmo, a essa atracção não escapo
 Muitas vezes me quero anular
 serei como tu?
 Terei de morrer para amar a vida?

 Que me escapa
 À sucapa."


A última vez que te vi eras pó, cinza e nada, parafraseando a poetisa.
Mas ainda te amo muito, minha querida alma gémea.

13-02-2012
(Para o meu primo Fernando Elvenick)


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pérola do dia



- Jo...murió Whitney... a lo que parece habia dejado las drogas, solo se tomó antidepresivos!!



(Só uns, poucochinhos, nada de extraordinário)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Mais um








Coisas de feltro e os Os meus idealismos ofereceram-me este selo.

Este selo deverá ser passado a bloggers com menos de 200 seguidores. Ao recebê-lo deverão partilhar 5 factos que os outros não saibam sobre vocês.

1. Gosto muito de estar com a  minha filha em tardes de "gajas". Seja para fazer compras, aparvalhar ou fecharmo-nos a ver filmas para chorar em que os silêncios são cicatrizantes.

2. Gente prepotente, idiota, e "desgracadinha" tira-me completamente do sério. Aparece logo o pior que há em mim já que quando sou sarcástica, posso ser muito má.

3.Gostava de ser menos ansiosa. Com esta alma inquieta sofro mais do que devia, O meu perfil de controladora fica completamente abalado por me sentir impotente perante as dores do mundo e as minhas.

4. Não gosto de cozinhar. Embora até me saia bem, aquela coisa do descasca isto, descasca aquilo, para o meu pavio curto, é uma seca.

5.Tenho muitos medos, especialmente do abandono, da solidão e da doença. E de me esquecer...



Dou-o ao Keep Smiling os que sigo já o têm.

Agora, sê feliz...

R.I.P

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um selo



Este selo, foi-me oferecido pela siamesa do Ana e a vida  e embora esta coisa dos selos me irrite um pouco, não posso deixar de agradecer e responder ao questionário que traz como presente, ou rasteira:))

Cá vai:


Qual a sua meta para 2012?
As normais: não perder o emprego nem o Paulo o dele, saúde para todos, sucesso para a minha filha.

Quem gostaria de ressuscitar se tivesse poder para isso?
O meu pai, que a saudade aumenta todos os dias. 

O que mais a faz feliz?
Sentir que a minha filha tem objectivos, é bem formada e vibrar com as vitórias dela. Mas também pode ser um simples telefonema, um dia com os amigos, um pôr do sol.

Qual a sua foto favorita?
Várias. De sítios de pessoas, no fundo de recordações.

Um lugar que adorou conhecer?
Ai...muitos. Moçambique estará sempre no topo da lista. Praga, por exemplo. Mas também pode ser o Gerês.

Qual foi o presente que recebeu que a deixou surpreendida?
Os do meu pai. Porque vinham sempre exactamente de surpresa, sem eu nunca suspeitar sequer. Um dia, chegou a casa e pediu-me para ir ao carro buscar os cigarros de que se tinha esquecido. Quando abri a porta, deparei-me com uma linda bicicleta vermelha. E a cara dele ao ver a minha histeria, jamais me sairá da cabeça. Ou pegar no guardanapo e cair uma caixa com um relógio...
O dia em que soube que estava grávida, quando já pensava que não ía conseguir.


O seu prato favorito?
Não tenho, sou de boa boca. Mas gosto muito de arroz com tudo. Branco, de tomate...
E sou louca por chocolate.

Você tem o costume pensar em quê quando vai dormir?
Lembro-me de rezar muito quando era pequena. Pedia pela família um a um, começando pela avó (a mais velha) até ao mais novo. Não queria que ninguém morresse.Treta!!
Hoje, depende do cansaço, mas regra geral penso no dia seguinte, continuo a pedir por todos. Falo com o meu pai, choro (baixinho) as saudades.

Qual foi a última coisa que você se deu de presente?
Uns ténis.

Teve algo que a entristeceu, desapontou ou a tirou do sério, neste ano que passou?
O susto que apanhei em Julho quando a minha mãe teve um princípio de enfarte e esteve hospitalizada uma semana. Percebi umas quantas coisas.

O que gostaria de realizar em 2012 que não conseguiu realizar no ano que passou?
Uma visita ao passado. A sítios e a pessoas que julguei perdidas no tempo para sempre.

Um motivo pelo qual deve estar agradecido?
Por tudo. Tudinho. Pela famíla linda que tenho, pela saúde, pelos amigos que são fundamentais. E embora eu seja uma chata, que me queixo e tal, estou deveras grata à vida e a tudo o que me fez chegar até aqui.

Quem quiser responder, faça o favor.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Aos 22




Naquele tempo, entre um amor e outro, trabalhava eu na Singer do Rato (hoje fechada e abandonada) era Agosto, fazia calor e eu sentía-me só. Estava longe dos meus pais, por opção, mas reconhecendo já, ter feito uma grande e absurda asneira nessa minha escolha.
Valiam-me os amigos, (tenho tido sorte).
Estava eu distraida, perto das 18.00 quando me entram pela porta o CD e o NA, com ar feliz que lhes era característico. Também eles muito amigos um do outro, como irmãos, dos que se escolhem na vida.

Esperaram que eu saísse, levaram-me a jantar à quinta de Sto. António e depois fomos dançar para o Indelével do Marquês. Lembraram-se de mim! Absolutamente fantástico.

Lembro-me que passou esta música. Que dançámos feitos doidos, que rimos muito até doer tudo.
Uma lágrima doce chega-me agora aos olhos. Que raio nos aconteceu?

O NA foi-se embora de vez...um dia a rádio anunciou que uma avioneta tinha caído ao largo da Madeira. E ele estava lá. Deixou-nos tão órfãos...

O CD, perdeu um filho, perdeu um casamento, perdeu tudo (ou quase, ou não valoriza o que ainda tem, ou...sei lá)

Ai a vida.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A Vó Lu





Há pessoas que aparecem na nossa vida como um sopro de ar fresco, por magia, porque faziam falta, porque estava escrito, sei lá. Nem importa.
Das algumas amizades facebookianas, nasceu um laço muito forte com o PF, do mais puro afecto. Um pedido de amizade aceite, uma chamada e pensei:
É ele! E era mesmo.
Uma alma pura, transparente, lutadora, sonhadora. FDP, pois se calhar também. Mas doce. Se é que alguem me entende. Ninguém é perfeito.
Quando nos encontramos, comporto-me como se tivesse 15 anos. Abraço-o, dou-lhe a mão, dou beijinhos, cheiro-o, qual mãe a lamber a cria. Vá-se lá explicar!!
Nas suas buscas aquando das suas crises existenciais, chegou um dia à conclusão que noutra qualquer vida, fui avó dele.
O que é certo é que sinto quando preciso de lhe telefonar e vice versa.


É tão bom!!!!!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Perdone...




- Señora, perdone, se le cayó la pitillera !

- (WTF????????? Ahhhhhhhhh. a bolsa dos cigarros!!!)

Gracias!