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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Podia pôr esta merda entre aspas e dizer que era de autor desconhecido.





A minha vida não é prazer é obrigação. Queria dizer tudo como os malucos, sem filtros nem auto censura. Rasgar o peito, soltar as emoções, gritar o que que quero e sobretudo o que não quero. Apetece-me despachar esta merda. Respirar. Que me sinto a gastar um tempo fora de prazo, apodrecido. Este que passa na correria de tratar de todos, de ser compreensiva com todos, de aguentar tudo com o sorriso 46 e ainda dormir sem insónias. Porque há que acordar bem dispostinha, para continuar a inutilidade do dia seguinte. Igual aos outros todos. Já me estou a martirizar, porque penso que sou uma ingrata, que há muito pior que eu na sua realidade. Pois...mas hoje e agora, quero mesmo é que se fodam.
Pergunto-me como pode alguém ser feliz ao meu lado...
Sou responsável pela carga pesada passada à minha filha, nesta constante ansiedade em que me sinto.
Quis suicidar-me um dia... há muitos anos. Talvez tivesse sido melhor para todos e não tivesse ela de carregar com uma história feia de uma mãe infeliz. História também dela, gravada no ADN sem necessidade.
Estou negra, muito negra. Nestes dias odeio tudo. Caguei nos antidepressivos, nas artimanhas para adormecer a existência.
E qual caminho, qual merda!!! Vai dar à morte, vazia e fria. Tal como a puta da vida cheia de ilusões.