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domingo, 29 de junho de 2014

Orfandade








Atravessando a fronteira por Fuentes de Oñoro
O teu pai, vinha aqui muitas vezes
Vinha...vinha... parou-me o coração no tempo do verbo, ficou tudo escuro.
A  rádio toca "I feel so close to you right now" e eu a sentir-me encolher, a querer perceber essa proximidade e nada, só um nó no estômago a ausência a doer, um buraco no peito, as lágrimas a saltar e os soluços que não pude conter.
Serei para sempre órfã. E esta dor não passará.






segunda-feira, 16 de junho de 2014

Pode ser do Mercúrio retrógrado ou do desmame dos antidepressivos ou do raio que me parta, ou da puta que me pariu


 
 


Eis que passou meio 2014.
Ando mais amargurada que o costume, a sentir-me sem forças, sem luz nem brilho. Ele á a menopausa a aproximar-se com algumas transformações para além do óbvio, um inverno em que me surgiram as primeiras dores articulares, tomadas de consciência, crises existenciais, desilusões (culpa minha obviamente,  porque elevo a fasquia em assuntos que não dependem de mim).
Talvez a melhor definição seja sentir-me prisioneira, o que não é nada saudável para o meu orgulho e sanidade mental. Sim, sou orgulhosa qb. Mas há situações em que me sinto morrer devagar, como se nada fizesse sentido e estivesse numa outra dimensão, num universo paralelo.
Entrincheirada num mundinho que é a minha realidade, mas que me deixa profundamente infeliz.
Preciso de um sítio onde possa gritar, falar sozinha, meditar e depois da baba e ranho ter encontrado o caminho e a solução. Ainda haverá esse sítio? Haver há, mas sou o capitão que não pode abandonar o barco, embora me apeteça que ele se afunde.
Lembrei-me agora do meu querido amigo Nuno Azevedo ( tenho saudades tuas), que há 30 anos me aturou uma bebedeira de dor de corno e me dizia enquanto me levava a casa: " Crises existenciais aos 20 anos, francamente!"
Feliz foi ele, um dia em que foi voar e por lá ficou. Disseram que a avioneta se despenhou ao largo da Madeira, mas para mim ele foi direitinho para o céu. Nunca apareceu.
Pois é amigo, aqui estou eu, com conversas de merda, armada em desgraçadinha.
Se calhar vou beber um gin.
Show must go on...









domingo, 15 de junho de 2014

Quando chega a hora

 
 
 



Matar sonhos acontece-nos a todos. Protelar situações também. Separar o trigo do joio, deixar ir. Nunca é de ânimo leve. Dói que se farta.
Em processo...

É tudo, por agora.