Eis que passou meio 2014.
Ando mais amargurada que o costume, a sentir-me sem forças, sem luz nem brilho. Ele á a menopausa a aproximar-se com algumas transformações para além do óbvio, um inverno em que me surgiram as primeiras dores articulares, tomadas de consciência, crises existenciais, desilusões (culpa minha obviamente, porque elevo a fasquia em assuntos que não dependem de mim).
Talvez a melhor definição seja sentir-me prisioneira, o que não é nada saudável para o meu orgulho e sanidade mental. Sim, sou orgulhosa qb. Mas há situações em que me sinto morrer devagar, como se nada fizesse sentido e estivesse numa outra dimensão, num universo paralelo.
Entrincheirada num mundinho que é a minha realidade, mas que me deixa profundamente infeliz.
Preciso de um sítio onde possa gritar, falar sozinha, meditar e depois da baba e ranho ter encontrado o caminho e a solução. Ainda haverá esse sítio? Haver há, mas sou o capitão que não pode abandonar o barco, embora me apeteça que ele se afunde.
Lembrei-me agora do meu querido amigo Nuno Azevedo ( tenho saudades tuas), que há 30 anos me aturou uma bebedeira de dor de corno e me dizia enquanto me levava a casa: " Crises existenciais aos 20 anos, francamente!"
Feliz foi ele, um dia em que foi voar e por lá ficou. Disseram que a avioneta se despenhou ao largo da Madeira, mas para mim ele foi direitinho para o céu. Nunca apareceu.
Pois é amigo, aqui estou eu, com conversas de merda, armada em desgraçadinha.
Se calhar vou beber um gin.
Show must go on...
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