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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Dezembro é o costume

 
 


Para não variar, Dezembro é AQUELE mês. Tive notícias de familiares doentes, um deles que vejo pouco, mas para quem a vida foi dura, ingrata e fria contra todas as previsões e expectativas. Mais uma vez transporta-me para a casinha à beira mar, onde partilhámos brincadeiras, etapas da vida e onde nos encontrávamos sempre. Apesar de não ser extrovertido é um dos 4 mosqueteiros de que me lembrarei até ao fim.
Parece que desde que se fechou aquela casa, o Natal morreu. Talvez mesmo antes, com o desaparecimento da minha tia/mãe e depois a minha avó.
E quando foi a vez da minha madrinha, acabou.
Bem sei que formámos todos as nossas famílias, cada um seguiu o seu rumo...a distância física venceu-nos. Vemos-nos quando se proporciona. Vamos indo. Vamos andando.
Para compor o ramalhete, tenho uma bruxa má na minha história de vida recente, que me roubou o resto. Dividiu o indivisível. Não sei em nome de quê engulo este sapo. Talvez por respeito, gratidão e amor por alguém que merece e não tem culpa. E depois, preciso de encontrar alguma paz interior, mas francamente só me apetece dormir e esquecer para me alhear. É muito violento ter de me obrigar a ser hipócrita com o sorriso 54 na cara.
Por tudo isto, deixei de ser efusiva nos meus votos de Boas Festas. Não porque não o deseje, mas porque quando abro a boca me soa mal. Ecoa num poço sem fundo... no meu fundo.
Mesmo assim, desejo-vos tudo de bom, pensem no que vale a pena, deixem-se envolver por aquilo que vos faz felizes que isto é uma passagem, dura pouco e não tem de doer.
Construam boas memórias, porque no fim das contas é o que nos resta.~




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