Chamem-lhe defesas, personalidade, carácter, o que quiserem. Costumo ser boa observadora e entender quase tudo. Mas há coisas que me desesperam.
Educam-se a renegar o ser, a essência. A não mostrar fraquezas nem debilidades porque é feio. É menor. Nunca saberão que as lágrimas sabem a sal e é bom ter um ombro amigo, uma palavra de conforto ou um silêncio cúmplice. Um abraço.
Faz-me impressão, esta gente que diz que está "tudo bem" a despachar, como se quisesse dizer : Vai para o caralho!
Não admira pois, que considerando tudo bem, não haja proximidade de ninguém. Nem amigos, nem afectos. Laços de sangue falsos. Hipocrisias. Aparências.
Educam-se assim e de certeza são profundamente infelizes.
Não que seja expressão de que goste, mas há que reconhecer que cada um tem aquilo que merece. Ou pelo menos, quem semeia ventos, colhe tempestades.
Entristece-me esta merda. Mas albardo o burro à vontade do dono.