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domingo, 6 de janeiro de 2013

A realeza







Nunca passei grande cartão ao dia de reis e desde que estou em Espanha muito menos. Das memórias, vem-me os presépios lá de casa. Aproximavam-se os reis um bocadinho todos os dias e chegado o dia, comia-se o belo do bolo. Era só. Sem graça.
Por aqui é a histeria. Compras, gente, reis a passear nas ruas a atirar rebuçados às criancinhas, um amontoar de criaturas. Tradições que respeito, mas onde não me vou meter. Deusmalivre.
E já que não tenho bolo (há um roscón de reyes simplesmente odioso e intragável que comprei um ano toda contente e chegou, pelo arrependimento) tenho incenso e mirra a arder, a perfumar a casa e a fazer-me viajar no imaginário a que a memória olfactiva me leva.

Do ouro, é melhor não falar.


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