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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A minha terra

Sou alfacinha, ausente da minha terra natal agora e, quase sempre. A vida levou-me para outras paragens, uma e outra vez, muitas vezes.
Fui feliz em quase todos os sítios por onde passei e o quase é porque não morro de amores por esta terra onde me encontro. Esta cidade, estas gentes. Vivo cada vez mais entre as minhas paredes, com as minhas memórias, fingindo ter uma vida. Mas é o que tenho, portanto vou fazendo o que posso, sem me poder queixar.
Neste momento, tenho uma amiga querida a bordo de um avião a caminho de Maputo. Tenho dor de barriga, lágrimas nos olhos, euforia tonta como se fosse minha a viagem, como se estivesse sentada naquele avião ao lado dela.
Preciso de lá voltar, na companhia certa, aos meus sítios, longe de resorts de ilhas paradisíacas. Ilha, Nacala, Nampula... Algum dia será!
Não nasci naquele país, mas foi onde fui verdadeira e intensamente feliz. De onde me lembro de cada momento, de cada cheiro de cada nascer do sol. Talvez porque na infância a ingenuidade e inocência me permitiram toda essa magia. Ou porque sim e pronto. África é magia!
Não vou falar de politiquices. Não vale a pena. Já desisti que me entendam. Já fui, sou, uma retornada. Sofrimento a mais para muitos como eu, mas achando sempre que todos os povos têm direito à sua autonomia, cultura, etc.
Agora só estou desejosa que a minha amiga dê notícias e diga:

Cheguei!! Cheira a TERRA.




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